28 julho 2009

Tava ali no Toddynho e eu não li

Faculdade de jornalismo. Primeiro dia de aula. Chego atrasado e descubro que todos estão em silêncio porque estavam compenetrados em uma atividade proposta pela professora de Língua Portuguesa (que depois de uns dias sumiu e nunca mais apareceu). Descubro que o silêncio era proposital. Descubro porque interrompi o silêncio pedindo um papel pro colega do lado - que obviamente nem conhecia – e ele fez cara feia. Eu só tinha levado uma caneta no bolso da calça. Essa e outras atividades iniciais em faculdade sempre se baseiam na mesma premissa: a apresentação.

A apresentação consiste em dizer o seu nome, de onde veio e como chegou ali. Lembro que essa era uma das questões mais difíceis de serem resondidas com exatidão nos anos de faculdade. Por que escolhi jornalismo? A questão dava brancos, calafrios e uma provável ansiedade que eu não tava afim de ter, causada pela incerteza.

Eu realmente não tinha o que dizer. Dizer que não achei outra opção entre cursos oferecidos? Dizer que tinha escolhido aquilo porque todo mundo precisa de um diploma? O engraçado é que muita gente tinha o que dizer, inclusive que “tinha nascido praquilo”. Como eu diria isso se eu nem tinha noção real – só hoje eu tenho – de como é a vida e a rotina de um jornalista?

Poxa, mas se eu tivesse prestado mais atenção nas embalagens de Toddynho, eu certamente teria alguma coisa mais interessante pra dizer. O mesmo Toddynho que eu bebia – e juro, às vezes ainda bebo nas viagens - em todas as paradas do ônibus que pegava entre Uberlândia e Goiânia. O Toddynho, minha gente, além de ser uma delícia ainda colabora de forma definitiva para a escolha profissional.



E vocês, tiveram ajuda do Toddynho?